quarta-feira, 18 de maio de 2011

Meio Ambiente: Novas tecnologias para reduzir emissão de gases


MINISTRA DO MEIO AMBIENTE IZABELLA TEIXEIRA



As ações do governo federal para o meio ambiente foram debatidas pela bancada petista nesta quinta-feira (13) no Congresso Nacional. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu com senadores petistas para expor temas ligados a preservação ambiental, o clima e incentivos às ações inovadoras no setor.
De acordo com a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), um dos principais focos da visita foi a atuação dos parlamentares em relação à Conferência Rio +20, evento mundial que será realizado no ano que vem no Rio de Janeiro para debater a preservação ambiental e o clima. “O mundo está olhando para o Brasil por conta desse evento e é preciso que tenhamos uma coordenação de governo, de legislativo, para que possamos apresentar bom desempenho e propostas para essas áreas. Por isso vamos ter reuniões com os chefes de Estado” explicou a parlamentar.
Outro ponto da reunião foi a respeito da gestão ambiental, no que se refere ao PLC 01, que chegou ao Senado e precisa começar as ser discutido, como defende a petista Gleisi. “O Governo está elaborando os planos setoriais para políticas de clima, ou seja, incentivando tecnologias inovadoras, principalmente para a pecuária com o objetivo de reduzir a emissão de gazes. E é uma matéria que o Congresso vai ter que se posicionar”, afirmou a senadora.
A expectativa é que na terça-feira da semana que vem a bancada do PT no Senado possa elaborar um cronograma de debates sobre o tema. (Janary Damacena – Portal PT)

Emissão De Gases Poluentes


Dezenas de encontros internacionais já se realizaram. O Protocolo de Kyoto (1997) foi firmado objetivando reduzir a emissão de gases poluentes. Propostas e acordos totalmente insuficientes para resolver o desequilíbrio ecológico mundial. Kyoto sequer foi aceito pelos Estados Unidos, nação que consome 25% do petróleo mundial e emite mais de 30% de todo o carbono despejado na atmosfera. O maior encontro de chefes de Estados para debater os problemas ambientais, a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, COP-15 (2009), ocorrida na Dinamarca, acabou em fracasso, por que EUA e outros importantes governos se negaram a firmar um acordo internacional substituindo o Protocolo de Kyoto que expirará em 2012. Em comum, havia o discurso sobre a falta de recursos monetários por causa da crise econômica.



Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la?

Para falar da Mata Atlântica, primeiro é preciso entender o que ela é. Segundo explica Carolina Mathias, engenheira florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, “podemos defini-la como um bioma com vários ecossistemas, que tem desde mangue até floresta tropical”. Ou seja, a Mata Atlântica não é apenas aquela floresta atlântica que se vê perto do litoral, mas um bioma ou uma junção de ecossistemas com características comuns e com processos ecológicos que se interligam. Nesse caso, essas características seriam, além da ocorrência geográfica, a proximidade com o litoral e as formações florestais em um contínuo, que se estende até o serrado, a caatinga ou os campos. “Outro ponto importante é que a Mata Atlântica tem árvores grandes e de dossel contínuo, ou seja, com copas que se tocam”, diz Carolina Mathias. Esse bioma ainda tem mais de 22 mil espécies, quase nove mil delas endêmicas (que só existem nesse bioma), superando a biodiversidade da Amazônia. Infelizmente, 383 desses animais e plantas estão ameaçados de extinção. A extensão territorial da Mata Atlântica também impressiona – vai desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, cobrindo 17 estados. Originalmente, ela compunha 15% do território brasileiro, mas hoje só restam 7% desse bioma.

Hoje, a Mata Atlântica ainda pode ser encontrada em quase todo o país (menos no Mato Grosso, Maranhão e Região Norte), mas em pequena quantidade. A maior concentração está no Vale do Ribeira, em São Paulo. Ao todo, existem 860 unidades de conservação da Mata Atlântica no Brasil, que vão de pequenos sítios até parques estaduais. Muitos desses parques são abertos à visitação e podem ser uma boa forma de conscientizar os alunos da importância de preservar o meio-ambiente. Beatriz Siqueira, coordenador do projeto Mata Atlântica vai à Escola da Fundação SOS Mata Atlântica, conta que existem vários projetos em andamento para tentar salvar o que ainda resta do bioma. “O que está sendo feito hoje são ações de restauração e replantio de árvores que compõem a flora original da mata. Também estão sendo criadas muitas áreas de conservação, principalmente em propriedades particulares”, diz. A ecóloga ainda explica que cada um de nós pode ajudar a manter a floresta em pé com ações do dia-a-dia, como economizar água, energia elétrica e diminuir a poluição. “Se cada um de nós gastar menos energia, por exemplo, vamos precisar de menos hidrelétricas, o que ajuda a manter a mata. Pois para construir uma usina é preciso desmatar e inundar uma grande área de floresta”, diz Beatriz. Preservar a Mata Atlântica ainda pode ajudar a diminuir o aquecimento global. Isso porque, além da floresta ser responsável por absorver carbono, é muito comum no Brasil fazer queimadas para transformar a mata em área de agropecuária. E esse tipo de ação é o principal responsável pelas emissões de carbono no nosso país. Por outro lado, o aumento da temperatura da Terra pode afetar a Mata Atlântica, já que muda as características dos ecossistemas. “A maior preocupação é com a fauna. O aquecimento pode matar várias espécies”, alerta Beatriz


Autor: alexothon@ig.com.br
A lenta destruição da
Mata Atlântica

A Mata Atlântica cobria antigamente ume enorme extensão do litoral brasileiro. Agora, está reduzida a manchas, aqui e acolá - tanto no Rio Grande do Sul como nos demais Estados.

Como em todo o território gaúcho, ali a devastação começou no primeiro quartel do século XIX. Os 200 a 300 mil hectares originais de Mata Atlântica foram reduzidos para menos de 70 mil e, mesmo assim, não são mais matas originais. Intocados mesmo só há pequenos núcleos, avaliados em no máximo 7 mil hectares.

A ocupação da área de Mata Atlântica no Rio Grande do Sul começou ainda em 1825, quando foram assentados no interior de Torres os primeiros colonos alemães, trazidos pelo governo imperial. Essa leva inicial, entretanto, terminou por se dispersar: desistiram de lutar contra a mata tropical, e se dirigiram, muitos deles, para as zonas tradicionais de colônias alemãs.

Mas aos poucos foram indo para a região de Mata Atlântica pessoas de todas as origens que, não encontrando terras em outros locais, viam ali uma alternativa de ter seu pedaço de solo. Ao lado dos pequenos proprietários chegavam, também, as madeireiras. E a época de ocupação mais intensa foi, justamente, a do final do período madeireiro, nas décadas de 50 e 60. Depois disso, houve um abandono progressivo da área, ficando apenas aqueles minifundiários que não tinham outra alternativa. Mesmo assim os abusos continuam, diante da incompetência e, muitas vezes, negligência dos órgãos encarregados da fiscalização, tanto estaduais quanto federais. 


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